
A menina, debruçada na janela, trazia nos olhos grossas lágrimas e o peito oprimido pelo sentimento de dor causado pela morte do seu cão de estimação. Com pesar, observava, atenta, o jardineiro a enterrar o corpo do amigo de tantas brincadeiras.   A cada pá de terra jogada sobre o animal, sentia como se sua felicidade estivesse sendo soterrada também.    O avô que observava a neta aproximou-se, envolveu-a num abraço e falou-lhe com serenidade:    Triste a cena, não é verdade?
A netinha ficou ainda mais triste e as lágrimas rolaram em abundância. No entanto, o avô, que sinceramente desejava confortá-la,   chamou-lhe a atenção para outra realidade. Tomou-a pela mão e a conduziu até uma janela opostamente localizada na ampla sala.   Abriu as cortinas e permitiu que ela visse o imenso jardim florido à sua frente, e lhe perguntou, carinhosamente: Está vendo aquele pé de rosas amarelas, bem ali à frente? Lembra que você me ajudou a plantá-lo? Foi num dia de sol como o de hoje, que nós dois o plantamos. Era apenas um pequeno galho cheio de espinhos, e hoje... veja como está lindo, carregado de flores perfumadas e botões como promessa de novas rosas... A menina enxugou as lágrimas que ainda teimavam em permanecer em suas faces, mostrando as abelhas que pousavam sobre as flores e as borboletas que faziam festa entre uma e outra, das tantas rosas de variados matizes, que enfeitavam o jardim.
O avô, satisfeito por tê-la ajudado a superar o momento de dor, falou-lhe com afeto: Veja, minha filha, a vida nos oferece sempre várias janelas. Quando a paisagem de uma delas nos causa tristeza, sem que possamos alterar-lhe o quadro, voltemo-nos para outra e, certamente, nos depararemos com uma paisagem diferente.   Tantos são os momentos felizes que se desenrolam em nossa existência... Tantas oportunidades de aprendizado nos visitam no dia-a-dia, que não vale a pena chorar e sofrer diante de quadros que não podemos alterar. 
São experiências valiosas das  quais  devemos tirar  as lições  oportunas,  sem  nos deixarmos tragar pelo desespero e a revolta, que só infelicitam e denotam falta de confiança em Deus.
A nossa  visão do  mundo ainda é  muito limitada,  não  temos a  capacidade  de   perceber  os objetivos da  divindade,  permitindo-nos os  momentos  de  dor e  sofrimento. Mas  Deus  tem sempre objetivos nobres e uma proposta de felicidade a nos aguardar,  após  cada dificuldade superada.
Mensagem de autor desconhecido, extraída do livro “Pequenas Mensagens,  Grandes Conhecimento”  do autor e ir.’. Marcos Noronha, Loja Águia do Planalto, acervo da biblioteca  da Loja Sete de Setembro VII, nº 1752.  Mensagem nº 04 de fevereiro de 2012.
 
 
 
 
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